Con motivo de la celebración del 25 aniversario del Grupo Comunicar, la Revista Aularia está haciendo una serie de entrevistas y debates sobre la educomunicación y la relevancia que el Grupo Comunicar ha tenido en sus veinticinco años de andadura en relación con los procesos educativos y comunicativos. En ese tiempo, son muchos los profesionales que han estado cerca del grupo Comunicar, aunque no pertenezcan al mismo, que han apoyado sus actividades y que han sido partícipes de sus hechos, publicaciones, revistas y encuentros. Vitor Reia Batista es uno de ellos, actualmente socio de Honor del grupo y una de sus más importantes referencias.
Vitor Reia Batista es profesor coordinador y director del Departamento de Comunicación, Artes y dibujo en la Universidad del Algarve, en la Escuela superior de educación y comunicación. Para él, el mayor valor del Grupo Comunicar «parece-me ser, embora haja muitos valores que se podem atribuir ao papel da Comunicar, a grande implantação da Revista como plataforma de comunicação entre comunidades geograficamente distantes e linguisticamente diferenciadas, mas que assim se aproximaram e puderam trocar experiências e conhecimentos, levando os diferentes pensamentos latinos, mas não só, até junto dos mais amplos sectores de investigação e de estudo em comunicação e educação. Quanto à maior dificuldade, haverá muitas também, mas penso que será tentar manter a elevada qualidade da revista, afirmando-se inclusivamente em sectores de línguas diferentes das latinas, mantendo contudo uma afirmação da diversidade de abordagens e de pensamentos sobre os problemas que nos rodeiam.»
«Eu não utilizo muito a palavra educomunicação. Utilizo bem mais a palavra literacia, ou até literacias no plural: literacia dos media, incluindo a literacia digital, literacia cívica, literacia científica,… Isto porque penso que uma forma aprofundada de literacia, seja em que campo for, é sempre o resultado que pretendemos atingir com os nossos estudos, as nossas investigações e as nossas propostas de trabalho mais prático, e isto aos mais diferentes níveis e para os mais diferentes públicos, com a intenção de que estes se possam apoderar dos meios e das tecnologias para que se tornem mais autónomos e mais conscientes da sua própria situação e das suas capacidades. Mas não tenho nada contra a palavra educomunicação se com ela quisermos atingir os mesmos objectivos. Tal como disse o grande Paulo Freire: é tudo uma questão de libertação e de afirmação da dignidade humana em todos os campos e caminhos.»