Tradução: Lilian Ribeiro

No século XXI a publicação do trabalho científico e acadêmico deverá ser acompanhada por uma estratégia de difusão pensada e pautada, que passa pela dinamização da investigação em redes sociais. Esta nova necessidade surge associada ao conceito de convergência midiática definida por Henry Jenkins como o fluxo de conteúdos  por meio de múltiplas plataformas midiáticas, transformada posteriormente em convergência digital: acesso ao conhecimento e a informação em tempo real a partir de qualquer lugar e através de múltiplos dispositivos conectados à Web 2.0

Este contexto afeta aos investigadores ao mesmo tempo em que lhes oferece a possibilidade de difundir sua investigação a qualquer canto do planeta em questão de minutos, oferecendo uma difusão e impacto de grande alcance com um esforço relativo. Maximizar o alcance do seu trabalho e prodigalizar seu nome como investigador será tão simples como utilizar de modo adequado as redes acadêmicas e sociais.

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O aproveitamento destas redes como estratégia de difusão da investigação oferece ao investigador três elementos fundamentais em seu desenvolvimento profissional:

  • Visibilidade, considerando que a capacidade de alcance das mensagens compartilhadas nas redes é exponencial.
  • Impacto, o número de acadêmicos e investigadores que podem acessar a um trabalho científico determinará o número de citações que acumula; a maior impacto maior número de citações.
  • Identidade digital, a projeção social do investigador configurada por sua visibilidade e impacto construirão uma sólida identidade digital.

Neste sentido, as redes acadêmicas e sociais permitem ao investigador trabalhar colaborativamente, compartilhar, difundir e conectar seu trabalho com um número de investigadores que de otro modo seria impossível:

  • Research Gate, 6 milhões de usuários e 70 millões de documentos.
  • Academia Edu, 18 milhões de usuários, 5 milhões de publicações.
  • Mendeley, 3 milhões de usuários e 100 milhões de referências.
  • Facebook, 1.860 milhões de usuários.
  • Twitter, 313 milhões de usuários ativos.
  • Linkedin, 500 milhões de usuários em todo o mundo.
  • Google Plus, 540 milhões de usuários.

Tendo em conta estes números, como dinamizar a investigação em redes para conseguir a máxima difusão?

  1. O primeiro passo é enviar o arquivo do trabalho (se a revista o permite em sua política de acessibilidade) a diferentes redes acadêmicas: ResearchGate, AcademiaEdu e Mendeley, ou na falta deste um resumo ou abstract que contenha link de acesso à publicação.
  2. O segundo passo implica em realizar uma publicação diária (ou a cada dois dias durante uma semana) com um texto diferente para cada rede (Facebook, Twitter, Mendeley e GooglePlus) e conectar o artigo a cada dia a partir de uma rede diferente (ResearchGate, AcademisEdu y Mendeley), desta maneira aumentará o fluxo de usuários que visitem o perfil do investigador nas distintas redes. Isto aumentará a visibilidade tanto do investigador como de sua investigação.
  3. O terceiro passo consiste em utilizar os códigos comunicativos idôneos às redes para maximizar suas possibilidades: utilizando hashtags ou etiquetas, mencione pessoas a quem interessa chegar diretamente, links aos perfis ou revistas de publicação, assim como a lenguaje específica que chegue ao público ao qual nos dirigimos.
  4. O reforço audiovisual supõe a quarta ação necessária para difundir em redes; inluir uma foto que corresponda visualmente ao conteúdo da investigação será estratégico para captar a atenção dos usuários.

Sem dúvida, o alcance que as redes sociais e acadêmicas oferecem é indiscutível e o impacto na difusão da ciência começa a ser um fato, assim o constata a pesquisa: VII Encuesta de percepción social de la ciencia, realizada por FECYT, Fundação Espanhola para a Ciencia e a Tecnología, em 2016.

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O crescimento que as redes experimentam na difusão da ciência é a chave da visibilidade da investigação em nossa era e cada investigador deve identificar sua estratégia e utilizá-la para dinamizar seu trabalho em redes.

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