Autora: Amor Pérez-Rodríguez  Tradução: Vanessa Matos https://doi.org/10.3916/escuela-de-autores-156 A pesquisa faz sentido quando serve para expandir o conhecimento e fornecer soluções para as demandas cada vez mais desafiadoras da sociedade. Pessoas que se dedicam à pesquisa têm a obrigação moral de divulgar suas contribuições. Por isso, a redação de um artigo adquire seu valor na medida […]

Autora: Amor Pérez-Rodríguez  Tradução: Vanessa Matos

https://doi.org/10.3916/escuela-de-autores-156

A pesquisa faz sentido quando serve para expandir o conhecimento e fornecer soluções para as demandas cada vez mais desafiadoras da sociedade. Pessoas que se dedicam à pesquisa têm a obrigação moral de divulgar suas contribuições. Por isso, a redação de um artigo adquire seu valor na medida em que contribui para um determinado campo do conhecimento e como exemplo para outras pessoas que investigam e encontram referências naquele texto. Caso contrário, a investigação realizada fica incompleta.

Publicar é uma tarefa que, muitas vezes, pode ser confusa. A publicação permite a difusão, a transferência e a possibilidade de citação do material por outros pesquisadores.

O que os editores levam em consideração para definir se um artigo é ou não bom para ser publicado? Sobre isso, é importante ressaltar que os editores de revistas científicas trabalham com critérios específicos para a definição de publicação de um texto científico em suas revistas. Alguns desses aspectos (ou critérios) têm a ver com o artigo em si, outros com a própria revista.

Artigo

• Contribuição para as necessidades de conhecimento. O artigo deve responder a tópicos de interesse que possam ser significativos, para os quais a pesquisa realizada forneça resultados notáveis, originais e inéditos. E, no final das contas, às vezes, você precisa atender a uma determinada chamada (Call for Papers) ou seguir a abordagem da revista.

• Referências precisas, atualizadas e diversificadas. Qualquer estudo deve ser consistente em termos de revisão do estado da arte, antecedentes e atualidade dos tópicos selecionados. Portanto, recomenda-se atender a referências de abrangência universal e de todas as tendências e / ou escolas, utilizar entre 40-45 dependendo da natureza do trabalho (tema, enfoque …), incluir DOI …

• Estrutura. De acordo com a revista para a qual o manuscrito será enviado, devem ser seguidas as indicações especificadas em seu regulamento quanto à composição, enfoque, extensão, palavras-chave, resumo, corpo do texto, figuras e tabelas, etc. O recebimento de artigo que não contempla as normas da revista é um mau indicador para o corpo editorial, pois demonstra que o autor não chegou a ler a publicação.

• Escrita. A expressão escrita é de vital importância. A linguagem usada para escrever deve ser cuidadosa, concisa e clara. As ideias devem ser apresentadas com argumentos precisos e consistentes, evitando desvios desnecessários ou duplicação de informações. Caso o objetivo seja submeter o artigo à uma publicação internacional, é crucial garantir uma tradução de qualidade. Uma má tradução leva a uma rejeição lógica.

Revista

• Ler artigos em revistas científicas é a melhor maneira de aprender a escrever um bom texto científico. Além disso, essa leitura implica também em conhecimento dos regulamentos, parâmetros e critérios gerais de publicação, bem como do conteúdo específico das contribuições.

• A escolha adequada da publicação para a qual a contribuição será enviada dependerá de fatores como o foco, o tema e o nível dos resultados do trabalho. Dependendo da consistência e importância do estudo (abordagem da pesquisa, tema, amostra, volume de dados, resultados significativos, …), o periódico deve ser determinado, considerando seu maior ou menor impacto. Ser rigoroso nessa seleção pode aliviar o estresse de possíveis rejeições.

• Transmissão. É imprescindível verificar, no caso de autores, conforme estipulado pelo regulamento da revista escolhida, a inserção correta dos dados de identificação e correspondência, afiliações profissionais … ORCID e Google Scholar. A Carta de Apresentação não é um mero procedimento, uma vez que manifesta a originalidade, a novidade da obra e dá conta da seção da revista a que se dirige, dando, se necessário, o consentimento informado para a experimentação. Em relação ao artigo, é fundamental revisar o anonimato dos autores; que o título seja relevante, conciso, direto e que apresente de forma inequívoca a obra; a estrutura e formato do resumo; as palavras-chave; a extensão mínima / máxima recomendada; o desenvolvimento do corpo do artigo de acordo com as normas; a metodologia, resultados; a discussão e conclusões; as referências; e imagens e gráficos de qualidade com informações relevantes e não repetidas no texto.

Por fim, poder contar com a opção e leitura dos pares, antes do envio, implica discussão e revisão que podem levar a um aprimoramento substancial do texto.

Além disso, a oportunidade de fazer parte do conselho de revisão de uma revista é uma maneira interessante de aprender e consolidar boas práticas tanto em pares quanto na redação. Um bom artigo atinge seu valor máximo quando é divulgado e compartilhado. Bons artigos alcançam maiores níveis de citação. Mas, a visibilidade que se alcança quando se busca a comunidade científica para conhecer e poder discutir ou mesmo para que esta considere o artigo como referência é outra indicação favorável.    

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