Autor: Angel Hernando Gómez – Tradução: Lilian Ribeiro

Nunca existe uma única razão para um artigo ser aceito (ou não aceito) para publicação em uma revista científica; a realidade é que, para que isso ocorra, várias razões devem ser concatenadas, dentre as quais encontra-se estas oito.

ochoUma das razões para a publicação é que o artigo trate de alguma temática emergente, um grão de conhecimento que não precisa ser novo, mas deve ser inovador; portanto, o tema central do artigo deve ser valioso e relevante, ou seja, ser de interesse da comunidade científica internacional. Uma recomendação seria responder a uma chamada da revista, seguindo o tema que ela propõe.

Paralelamente a essa primeira razão, devemos ter em mente que o artigo apresentado deve ser original, ou seja, novo, para que os editores o considerem interessante e que contribua com algo novo para o campo de estudo que justifique sua publicação na revista.  A relevância do tema é um dos aspectos considerados pelas equipes editoriais (e pelos revisores) das revistas.

Um terceiro motivo é abundante na importância dos metadados (título, resumo e palavras-chave). Estes devem ser selecionadas e escritos corretamente, ajustados ao número de caracteres (título), tamanho do número de palavras (resumo e palavras-chave) indicadas pela revista (que geralmente seguem as características da especialidade em que se movem) e acima de tudo, que no resumo apareçam de maneira clara o motivo  e objetivo da pesquisa, a metodologia utilizada, os resultados mais destacados obtidos, assim como as principais conclusões.

A quarta razão focalizaria a necessidade de o manuscrito ser estruturado e escrito corretamente, de forma que ele contenha todos os elementos necessários para que seja considerado uma escrita científica e que sejam desenvolvidos corretamente sem repetição de idéias ou falta de elementos. O artigo deve ser escrito corretamente, deve-se enfatizar que a redação científica deve ser: precisa, clara e breve, e que as ideias devem ser apresentadas de maneira ordenada, concisa e fluida, para que a linguagem  dificultosa seja evitada  (escusado será dizer que não deve haver erros gramaticais) e se demonstre capacidade de argumentação suficiente. Aqui não podemos esquecer a necessidade de tabelas e figuras serem feitas corretamente, bem como a numeração e legenda, e ajustar, se indicado, ao número máximo permitido pela revista.

A quinta razão concentra-se em destacar a importância de que as referências são relevantes; elas devem provir de uma profunda revisão nas bases de dados apropriadas (SCOPUS, WOS), devem estar todas as questões importantes abordadas no artigo,  de modo que nenhum assunto relevante seja omitido ou incorporado, e seja atualizado para que o manuscrito apresentado esteja no “estado da arte” do conhecimento do assunto do artigo, em paralelo deve ser fornecido variedade e riqueza de citações.

Como sexto motivo, destacamos a importância do rigor metodológico e a adequação dos instrumentos de pesquisa. Independentemente de haver revistas que “bloqueiem”, em nossa opinião, de maneira errônea, artigos qualitativos (ou quantitativos), a metodologia deve ser perfeitamente fundamentada e claramente indicada em todas as suas seções.

Também é importante ter em mente a importância atribuída à elaboração de resultados, discussão e conclusões. Os resultados obtidos na investigação (o que foi encontrado?), Devem ser expostos corretamente, bem como os avanços que ocorreram. Da mesma forma que a Discussão (o que significa o que eu encontrei?) E as Conclusões (recapitular as conclusões consideradas mais importantes do trabalho para o futuro da pesquisa sobre o tema tratado), nossa recomendação seguiria a linha de fuga da discussão tão frequentemente confusa dos resultados com as conclusões.

A oitava e última razão abundaria em uma série de “critérios positivos”, tais como: o fato de serem artigos de pesquisa, de que as investigações são internacionais, de os artigos apresentarem os resultados de projetos de pesquisa que foram subsidiados para atender chamadas competitivas, a fuga da endogamia tentando publicar em coautoria com pesquisadores não apenas da nossa universidade, mas também de outras universidades do país ou fora dele.

Por fim, e embora não seja uma das oito razões que apresentamos, lembre-se de que, se deseja publicar, não se esqueça de uma questão que já indicamos em outras entradas: cumprir exaustivamente as regras para autores indicadas na revista em que pretendemos publicar nosso artigo.

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